segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Carta ao orgulho

Foz do Iguaçu, 07 de janeiro de um ano qualquer

E ae, blz?

Há um bom tempo não se falamos. Foram vários fatos que me levaram a te excluir do meu mundo particular, te bloquear nos meus relacionamentos e, somente, permitir sua presença nas minhas lembranças.
Você foi importante na minha vida. Foi meu melhor amigo, meu refúgio, meu conselheiro e até aquele que solucionava meus problemas amorosos. Você amenizou o fim dos meus relacionamentos com doses saborosas de auto-estima que me deixaram alcoolizado com o sentimento de dignidade.
As minhas histórias amorosas, enfim, minha vida é um livro que você leu várias vezes. Você lembra do término daquele namoro quando tinha apenas 19 anos? Eu aposto que sim.
Até hoje me pergunto o que me levou a não te escutar antes. Talvez o verdadeiro responsável por minha teimosia naquela relação fosse o coração fraco que bate aqui. Devo confessar, era legal amar, mas não tinha sentido sem o orgulho.
Antes de encerrar esse meu saudosismo eloquente, lembro das nossas aventuras com o amor. Antes de vocês dois brigarem, formávamos um trio imbatível. Elas não tinham muita chance conosco. Elas, as minhas namoradas, até tentavam surpreender-nos com o egoísmo e com alfinetadas de ingratidão, mas éramos mais fortes.
Lógico, perdemos algumas batalhas, entretanto, nunca saímos derrotados da guerra. Tenho saudade desse tempo. Afinal de contas, porque você brigou com o amor? Também foi falso com ele dando aquela sensação de superioridade que abri mão depois da nossa última discussão?
Desculpa a rigidez das minhas colocações. Sinto saudade de você amigo, mesmo sabendo que esse foi o melhor caminho para nós dois. A vida parece mais difícil sem você, porém, por outro lado, ganhei novas amigas: a esperança e a liberdade.
Com elas estou livre daqueles medos que me atormentavam dia e noite. Um pouco também por sua causa. Até logo e aguardo sua resposta!!

Abraço e quem sabe um dia possamos aprontar mais outras juntos